terça-feira, junho 24, 2008

sobre textos antigos

Como estou meio sem inspiração pra escrever alguma coisa e a inspiração veio quando eu não tinha como postar, vai tudo agora mesmo, só que com uma atualização no final.

Eu, eu mesma e Luana

Minha amnésia matinal me obriga a algumas coisas que fazem com que eu pareça meio louca, como deixar recados para mim mesma ao lado do despertador. Daqueles bilhetinhos que a gente gruda na geladeira, mas com recados para outra pessoa. Pelo seguinte: muito freqüentemente, me proponho acordar mais cedo para dar tempo de fazer algumas coisas. Isso acontece principalmente quando o meu sono antes de dormir está tão gostoso que prefiro não sacrificá-lo e resolver o restante das pendências de manhãzinha. Então vem a amnésia e eu não me lembro porque o despertador me acordou quarenta minutos mais cedo e resolvo, logicamente, continuar dormindo. Assim, ao acordar definitivamente, já de posse de todas as minhas faculdades mentais e sem tempo nenhum, me lembro por que cargas d’água deveria ter acordado mais cedo. Tarde demais. Foi então que surgiu a idéia/necessidade de me mandar recados, tipo: “Luana, você esta acordando neste horário porque ainda precisa lavar a louça, as toalhas, fazer as malas e comprar pão antes de trabalhar” ou “Querida Luana, coloque o lixo lá fora e ponha as roupas para arejar antes de sair para o trabalho”. Normalmente são recados domésticos. Não assino, daí sim seria loucura, fruto de uma temporada morando sozinha. Por isso prefiro deixar parecido com a “voz da minha consciência”. É isso.

Obs: Agora moro em outro lugar e com mais pessoas. Já nem tenho mais tempo para essas maluquices.

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Sobre a tal academia

Não tinha comentado aqui ainda, mas o fato é que estou fazendo ACADEMIA. A vantagem é que deixei de ser sedentária, a desvantagem é que o estou fazendo é academia. Não foi promessa de ano novo, não. Nada disso. Foi aposta mesmo. Só não achei que não fosse gostar tanto. No começo de dezembro, durante mais uma conversa sobre minha vida ociosa, vem o Fernando com a seguinte proposta: “se você deixar de ser sedentária, eu faço um regime!”. Não deu outra, topei na hora. Vai que ele desiste? Enfim. Na segunda-feira subseqüente demos início ao nosso trato. Ele comendo como passarinho e eu conhecendo as máquinas. Nas primeiras noites, um foi comentando com o outro os avanços. Os dias de chuva tão bons pra se dormir enquanto eu puxava peso. Carne, massa ou pão, enquanto ele no cereal. No começo, tudo parece até simpático, afinal, todo mundo diz que, mais cedo ou mais tarde, acabamos gostando do negócio. Tive até a impressão de ficar um pouco animada com o crescer dos pesos ao passar das semanas e com a expectativa de ver minhas coxas um pouco mais firmes. Foi só impressão mesmo. Passados quase três meses desde que comecei a fazer “esses” exercícios, ainda não virei rato de academia. Se for pra virar alguma coisa, virei elefante, que não pode com rato, e se na academia tem rato, elefante não vai. O problema é o trato. Se pudesse, faria outro tipo de atividade um pouco mais estimulante, algum esporte, aulas de circo. O problema é que aqui não tem. E se for depender de caminhadas espontâneas na pista, aí é que volto ao meu sedentarismo de pouco tempo atrás e perco a aposta. Pagar pela academia pelo menos faz meu bolso sentir alguma coisa, sem contar que já tentei anteriormente, sem sucesso, caminhar na pista ainda em Londrina. Mas vamos ver se além de martírio, tive alguma vantagem. Bom, a primeira é o propósito inicial, fugir do casa-banco, banco-casa, casa-sofá, sofá-cama. Ponto pra academia. Outra pode ser que ainda não tive dores nas costas. Beleza. Uma terceira é que pelo menos tenho a companhia de amigas, o que deixa os minutos divertidos. O melhor é que essa companhia não é desanimada como eu, ou teria sido facim, facim pra desistir da aposta. E por falar em aposta, não me lembro de ter apostado alguma coisa, caso um dos dois desista no meio do caminho. Não mesmo. Apenas apostamos. Um tipo de desafio sem eventuais penalidades. Mas não tem problema não. Vou insistir nesse negócio, que pode não ser tão gostoso, mas pelo menos deixa mais leve minha consciência, e espero que mais duras minhas pernas, bunda, barriga, braços...

Obs: Desde que escrevi este texto, ainda em março, tive sim dor nas costas, mas nada grave.

2 comentários:

Anônimo disse...

Essa de deixar recados para você mesma eu achei demais !
Sintomas de solidão total...

Luana disse...

hehehe, solidão total mesmo. Só não conversava com o espelho e nem com minha sombra. Pelo menos em voz alta...