quarta-feira, dezembro 27, 2006

***
Natal é tempo de
"restodontè".

E o "restodontè" nada mais é do que
um
dejavú mais gostoso!
***

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Passou de mil!
O contador do blog passou de mil e eu nem vi!
Eu sei que não é grande coisa, mas passou de mil!!!!!!
Eba!!!!!!!

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Renovando...

Para quem não aguentava mais ver a foto da rosa sépia aparecer quando entrava no blog, lá vai um "post limpeza":
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Infame, eu sei, me desculpem, mas é a falta do que escrever mesmo...
Já que estou aqui, aproveito para deixar o link de um blog que eu meu amigo Tiago Buckowsky estamos parceirando, o AUTO ESTORVO. Como o próprio nome já diz, coisa boa não é! Mas quem me conhece sabe que quando digo que não é coisa boa é porque é, e não o contrário, ou melhor, é o contrário... bom... enfim, passem por lá!

terça-feira, novembro 21, 2006



Todo mundo sempre fala desse negócio de intuição feminina, sexto sentido e Cia. Ltda. Conheço várias integrantes desse enooooorme grupo, inclusive minha amada mãezinha, a quem costumo chamar eventualmente de bruxa, por causa de suas acertadas premonições: "Isso não vai dar certo, filha, escuta o que a mãe está falando"; "Ah, mãe, não dá nada não". Dá. "Não gostei da cara dele, Fulano"; "Imagine, gente boa". Não presta.

Bom. O mesmo já não posso dizer da minha pessoa. E só posso definir minha intuição da seguinte maneira: uma perfeita M****. Quase sempre equivocada, tenho intensos frios na barriga sempre que acho que algo ruim está para acontecer. Para minha sorte, minha pança, geralmente, gela à toa. Mas ela também gela quando "sinto" que alguma coisa boa vai acontecer e, lógico, não acontece. Bobagem. Minha barriga é uma inútil fábrica de gelo.

Já me disseram que esse meu defeito de fábrica - uma vez que sou mulher e deveria ter vindo com o Sexto Sentido funcionando adequadamente e/ou incluído nos equipamentos básicos - é fruto da minha neurose. Sim, sou uma moça neurótica, sem nenhuma vergonha de admitir. Quer dizer, um pouquinho. Mas minha neurose não me acompanha sempre, não. Também tenho momentos de sossego, que correspondem exatamente aos momentos em que não tenho intuição nenhuma de nada com nada, zero. As coisas acontecem e fatalmente me surpreendem. Ou seja, ou não sinto nada, ou sinto errado. Diagnóstico: Sexto sentido defeituoso com interferência causada por neurose oportuna aguda localizada no córtex sensorial. E, até agora, sem chance de recall de fábrica.

A solução é ter sempre por perto pessoas que disponham desse dispositivo e que possam, de alguma maneira, "sextosentir" alguma coisa em mim. Uma espécie de osmose sensorial. Ou esperar até que essa pecinha possa ser comprada ou ativada no meu sistema feminino. Oh, céus!

sexta-feira, novembro 17, 2006

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Doi.
Dói bastante.
DóooOOOOOOOooooOOOOOOoooOOOi!!!!!!!!!
Eu já sabia que ia doer, mas dóooooOOoOOOooOOOoOOooooooi....
Até pra digitar.
Dá-lhe paracetamol. 55 gotas que enganam mal e porcamente a minha doooooooorrrrr!!!!!
Parece que tem uma locomotiva enroscada no meio dos meus dentes.
Ai....

***

Mas mudando de assunto, agora também tenho um Fotolog! O link está logo ali naquela coluna à direita. Só tem uma foto ainda, é verdade.

Mais uma atividade meio inútil para quando eu não tiver mais o que fazer!

sexta-feira, novembro 10, 2006

The daily challenge

Todos os dias, às seis da manhã, enfrento uma árdua e sofrida batalha. Mas quem tem ganhado na esmagadora maioria das vezes é ela: a cama. Bom, pra não dizer que estou no zero e completamente derrotada, consegui vencê-la uma única vez (está certo que em vinte dias).

Com a intenção de levar uma vida saudável e aproveitar essa longa avenida que fica a poucos metros da minha casa e que dispõe de um espaço especialmente reservado para isso, me dispus a fazer caminhadas. O plano era o seguinte: acordar às seis da manhã, ficar na cama até as seis e cinco (porque ninguém é de ferro), levantar e trocar de roupa. Então, fazer uns alongamentos básicos e caminhar por meia hora, curtindo a fresca brisa matutina, acompanhada de vovozinhas e vovozinhos, gordinhos e atletas, cachorros e bicicletas fazendo o mesmo que eu. Depois, essa caminhada se elevaria para um estágio misto de corridas e caminhadas até chegar ao extremo de conseguir correr daqui até lá e voltar sem ter que morrer (coisa que eu nunca consegui fazer por mais de trinta segundos sem quase ter tido um colapso). Na seqüência, uns alongamentos finais, banho revigorante, café da manhã reforçado e disposição para começar o dia.

Pois bem. Após a façanha de conseguir me livrar do quentinho do meu edredom azul uma vez, veio o bicho de pé pra fazer doer o pé. Veio também o espaçador do aparelho, TPM, chuva, enfim, vários fatores que, aliados à minha preguiça, proporcionaram essa vergonhosa série de derrotas, dando largas vantagens à minha adversária diária.

Ontem à noite, pus o celular, novamente, para me acordar às seis da matina. Dormi mais cinco minutinhos e em seguida mais deliciosos cinqüenta. Novamente, sucumbi aos chamados tentadores do meu colchão e edredom quentinhos. Só que não perco as esperanças. Nananinanão. A guerra ainda não acabou e novos combates ainda estão por vir...

sexta-feira, novembro 03, 2006

Alerta by Leonardo Rosa, com as devidas autorizações!
A gente que se cuide!

quinta-feira, novembro 02, 2006

Notícia bastante pertinente... rsrsrs


Mulher tira carteira e bate no prédio da auto-escola


Uma mulher completou seu teste de direção, entrou no carro, engatou a primeira marcha e... bateu no prédio da auto-escola. A "tregédia" aconteceu na cidade de Portage, no Estado de Indiana, nos Estados Unidos.

Jessica Krasek, 20 anos, colidiu contra o prédio minutos depois de ter conseguido, finalmente, sua carteira de habilitação, noticiou o Post-Tribune. Ela nada sofreu. Um funcionário da auto-escola teve escoriações leves.

A motorista disse que levou um susto e pisou sem querer no acelerador. Quando bateu, ela pensou ter havido uma explosão. Apesar do incidente, Jessica Krasek continua nas ruas.

Fonte: Terra.

quinta-feira, outubro 26, 2006

26/10/2006

Tudo bem que a montagem está o mais tosca possível, mas...
Finalmente consegui a minha!

E a minha carteira fica feliz!


segunda-feira, outubro 23, 2006

O dia que eu não queria que chegasse

É como diz minha querida comparsa Cecília: a primeira a gente nunca esquece. Essa então vai ser mesmo difícil de esquecer. Não imaginava que minha consulta à dermatologista se transformaria na concretização de tudo aquilo que está nos livros de Biologia e que eu não queria ver pessoalmente. Já conformada com uma bolinha com um pontinho preto no meu dedo mínimo do pé, a que chamava carinhosamente de "zóim" (porque achava que era um olho-de-peixe, satisfeitíssima, pois é um negócio provocado por um vírus), fui à Dra. pra saber se a receitinha do Melhoral dava certo. "O seu dedo está coçando, Luana?". "Ah, sim, uma coceira boooa...". "Você foi em algum sítio?". "Fui sim, ai...". "Então não é olho-de-peixe, não, isso é bicho-de-pé, vamos ter que tirar!". "Ai, meu Deus, não me fala um negócio desses, doutora!".
Começaram, naquele momento, meus cinco minutos de desespero. Isto é, acho que foram cinco de fato, mas que pareciam vinte. As ilustrações do capítulo de parasitas do meu grosso e pesado livro de Biologia do Ensino Médio me vieram como um cometa à cabeça. Os vídeos educativos também. "Vou espetar com a agulha, ok?". "Ai!". "Tá saindo um pouco de pus". "Blérgh, que nojo! Meu Deus". "Hmmmm, tá morto!". "O quê? Tem um cadaver no meu dedo? Aaaaaaah que nojo". "Tirei, espera que tem sobrou um pouco. Opa, são ovinhos, mas está tudo morto". "Essa bicha pôs ovos no meu dedo! Pelamordedeus, não me mostra, não quero ver, extermina tudo!". "Pronto, agora é só usar essa pomadinha, atualizar sua vacina anti-tetânica e tomar este antibiótico por cinco dias, ok?".
Tá certo que esse pequeno monstro que habitou meu dedo por um curto período de tempo é uma das versões mais light de sua prole. Mas sempre que pensei na possibilidade de isso acontecer comigo, minha cara fez, automatica e instintivamente, uma careta tão feia que até o próprio bicho se assustaria com ela. Se eu por nojeira do destino vier a pegar, por exemplo, uma... uma... berne, sou capaz de pedir um sedativo pra dormir só pra não sentir... o bicho... se mexendo... saindo... de mim... e entrando no toicinho de porco... que nojo!
Agora, depois desta experiência infâme, acho que fiquei com uma coceira psicossomática, porque a Dra. me garantiu que os restos mortais da dita cuja parideira e de seus descendentes já não estão mais lá. Tem também um buraquinho vermelho cheio de pomada e com um band-aid por cima, onde, até algumas horas atrás estava uma enorme gase enrolada com esparadrapo que fazia meu dedinho parecer um dedão.
Pois é. A primeira a gente não esquece mesmo. Mas essa...

terça-feira, outubro 17, 2006

Meu Deus do céu!
Nunca imaginei que PT e PSDB, ou Lula e Alckmin pudessem despertar paixões tão fervorosas. Nem nos meus mais absurdos delírios pensei que alguém pudesse morder fora o dedo de outro alguém por conta dessas bobagens. Essa gente já está ficando maluca. Manda pra Colina Verde!
LEIAM ISSO!!!

*essa tem que ir direto pra seção de notícias bizarras

segunda-feira, outubro 09, 2006

Agora é que não perco a TV Câmara!


Clodovil diz que pode votar pró-governo por dinheiro

DE BUENOS AIRES
Terceiro deputado federal mais votado em São Paulo, com quase meio milhão de votos, Clodovil Hernandes, 70, do PTC (Partido Trabalhista Cristão), admitiu em reportagem publicada pelo jornal argentino "Perfil", que pode aceitar dinheiro para votar a favor do governo quando estiver no Congresso. Ele já havia dito que não tinha nenhum programa político para o seu mandato.
"Vou aprender com os políticos com experiência, mas não me ensinarão a roubar porque eu, por pouco, não vou me sujar. Tudo dependerá de quanto me ofereçam para votar os projetos do governo", afirmou.
Questionado sobre qual seria o valor em dinheiro necessário para isso, respondeu: "Cada um pesa o dinheiro em sua própria balança. Eu não resolverei os problemas de ninguém. Aqueles que votaram em mim acreditando que eu iria solucionar os seus problemas se enganaram, isso é uma bobagem digna de quem foi mal colonizado".
Disse ainda não vai massacrar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "porque ele é um anormal que não raciocina bem, que se compara a Jesus" e que não pretende ser "o herói dos pobres". "Não me interessa ser aplaudido por um mendigo que nada entende porque não tem o que comer, quero que me aplaudam os que têm os neurônios bem alimentados."
Clodovil também comentou sobre seu possível reencontro em Brasília com a ex-prefeita Marta Suplicy (PT), um de seus desafetos. "O que Marta Suplicy vai fazer em Brasília? Por acaso vai passar nossa roupa? De qualquer maneira, Lula não será reeleito nem por decreto."

* a matéria saiu na Folha de S. Paulo de hoje.

sexta-feira, outubro 06, 2006

Quando eu ficar velha e rabugenta, vou querer um desses:


Repelente de adolescentes” leva Ig Nobel

Washington – Um dispositivo sonoro criado por uma empresa do País de Gales para enxotar adolescentes de lojas e shopping centers ganhou ontem o Prêmio Ig Nobel, concedido por uma revista de humor editada na Universidade Harvard (EUA) a pesquisas “que não poderiam ou não deveriam ser replicadas’’. A firma Compound Security desenvolveu um aparelho chamado Mosquito que usa freqüências sonoras irritantes e muito altas, inaudíveis para maiores de 20 anos, que têm sido usadas no Reino Unido como “repelente de adolescentes’’. O mesmo princípio foi usado em um ringtone de celular vendido a adolescentes, que não pode ser ouvido pelos professores. A dupla aplicação rendeu o Ig Nobel da Paz à empresa, por sua “contribuição à barreira intergerações’’.

quinta-feira, setembro 28, 2006

"Mais insípida do que um copo d'água...
Mais lerda do que uma lesma manca...
Mais incompetente do que a própria incompetência...

É a super...Prefeitura de Londrina!!"

Em defesa dos buracos e da lenga lenga!

segunda-feira, setembro 25, 2006

Recebi por e-mail. Vale a pena fazer. Funciona!

1 – vá para o Google – www.Google.com.br

2 – digite: político honesto

3 - selecione páginas em português

4 – clique em "Estou com sorte", e não em pesquisa Google"

5 – veja o resultado (leia com atenção)!
Foltando de ônibus, vi o cantitado a covernador do PT! Ele tafa tando entrefista pro pessoal ta tefê Coroatos lá na rotatória ta Leste Oeste com a Rio Pranco! Quasse que ele peca tota aquela chufa, coitatinho...

quinta-feira, setembro 21, 2006

O duro é quando a gente não se lembra que usa óculos e resolve coçar o olho.

quarta-feira, setembro 20, 2006

"Tô nem aí!"

Dia desses, em um sinaleiro da Tiradentes:
- Posso colocar nosso material no seu retrovisor? - disse a moça com o 15 na camiseta.
- Ah, não, pode não, obrigado! Esse eu não quero!
- Tudo bem, obrigada!

Minutos depois, os dois se encontram casualmente em uma padaria próxima e reconhecendo a moça do 15, o moço diz:
- Moça, posso te perguntar uma coisa? - disse o motorista recusão.
- Pode, claro!
- Quantos plastiquinhos com esse material você conseguiu colocar hoje?
- Pra falar a verdade, até agorá, só um!
- Só um? Esse seu candidato a governador tá bem, heim?
- Olha, tô nem aí, quero mais é saber dos meus R$ 437,00!

*essa história é verídica!

segunda-feira, setembro 18, 2006

CNH: não deu. De novo.

Óoooooooooooooooodio.

sexta-feira, setembro 15, 2006

Top 6 das Eleições 2006!

Coisas que irritam nessas eleições:

1º - O Lula;
2º - A cara do Lula;
3º - A voz do Lula;
4º - As coisas que o Lula fala;
5º - As propagandas do Álvaro dias, principalmente aquela da moça de branco com cara de pamonha e fundo musical de violino que passa duas vezes a cada intervalo;
6º - A menininha que canta o pedacinho da música: "Por um Paraná meelhooor" com duas bolas de papel higiênico enfiadas nas narinas (porque pra ter aquela voz, não pode haver outro motivo).

Coisas que agradam:

1º - TODOS os candidatos do PRONA;
2º - A musiquinha do Eymael;
3º - O candidato caminhoneiro ao governo do Estado;
4º - TODOS os candidatos de Sergipe;

5º - A borboleta com barulho de sapo do PV;
6º - Os candidatos que só aparecem 0,0000000002 segundos com uma foto quaaaase preto e branco e quaaaaase nítida;


Por enquanto é isso. Já que eu atualizo a lista!

*

quinta-feira, setembro 14, 2006

"Fiiiiiilme triste...
que me fez chorar
Oh, oh, oh!
Fiiiilme triste...
que me fez chorar!"

O Maior Amor do Mundo.
Em cartaz até não sei quando (porque é nacional e o Catuaí é meio alérgico a esse tipo de filme).
Esse vale a pena!
E não esqueçam dos lencinhos!

quinta-feira, setembro 07, 2006


Até a marajó já sabe das coisas ...

sexta-feira, setembro 01, 2006

Saiu no zapping. Glória Maria não gostou de o hospital onde ficou internada ter divulgado sua idade, 56 anos. Ela garante que tem menos.
Agora não tem desculpa. Vai ter que mostrar o R.G.!

Aliás...

Ontem foi o dia mundial do blog!
Parabéns atrasado para todos nós, blogueiros de plantão!

Vírus analfabeto

terça-feira, agosto 29, 2006

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Frase da semana:
"Oportunidade a gente cria".
(Elvia Harumi Oura)
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segunda-feira, agosto 28, 2006

A comercialização do Tak 500 está proibida em todo o país. A informação é do site da Anvisa. O produto, que é a vedete dos programas vespertinos de fofoca e dos canais de compra, foi barrado por não possuir registro, embora uma numeração longa precedida de um M.S. apareça na fixa técnica do emagrecedor.
Nos sites de compra que disponibilizam o Tak 500, uma onda de "abafa" bem alá Lula. Ninguém quis falar do assunto...

sexta-feira, agosto 25, 2006

Também para os "altinhos"

"Tudo pode ser
só baxta acreditar...
Tudo que tiver que ser será!
Tandandan, tandandan..."
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Oráculo da Xuxa para os momentos de baixa auto-estima.

escadita

Que o Big Brother se torna para alguns participantes uma escadinha para a carreira artística, principalmente para uma pontinha na novela das oito, disso eu já sabia. Mas que tenha se tornado também uma escada para o palanque, aí já é novidade. Marielza Hamab, do BBB 5 (2005), aquela que foi sorteada por um telefonema e que saiu às pressas do programa devido a sérios problemas de saúde (teve um AVC), lançou candidatura a Deputada Estadual no Rio. Sua plataforma de campanha não poderia ser outra, a saúde, já que se a Globo não tivesse custeado suas despesas médicas, ela não teria condições de pagar o tratamento que sofreu e se dependesse do S.U.S., aí que a coisa seria mais séria. "Se não fosse o programa, certamente teria ido parar ne rede pública", disse em entrevista ao O Dia. O objetivo da nova candidata é lutar por melhorias no setor. E todo mundo sabe que a saúde do Rio não é mesmo uma Brastemp.
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Marielza, antes do BBB, agora pelo PSB
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quinta-feira, agosto 24, 2006

make up cleaner*

Quem diz que o horário político não serve de parâmetro para avaliar candidatos está certo. Diferente das benesses divulgadas na campanha do governo estadual pelo governo estadual, o programa Luz Fraterna possui irregularidades nada fraternas. Uma notícia do Londrix aponta que famílias carentes estariam sendo cobradas abusivamente. Em alguns casos, a Copel exige o pagamento de mil reais de entrada pelas famílias para poderem integrar o programa, sendo que a necessidade de receber energia elétrica gratuitamente se deve exatamente à falta de dinheiro. Quem tem mil reais para dar de entrada para energia elétrica não é tão carente assim.

A única maneira de se conhecer os candidatos é procurando notícias em diversas fontes. Só a TV não vale. Os outros meios de comunicação estão aí justamente para serem devorados. Horário político, além de programa humorístico "gratuito", é Transformação da Xuxa. Maquiagem à prova d'água usada em artistas de novela que choram com freqüência. E é por isso que temos que ter sempre perto do nós o demaquilante universal: a informação.
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*no inglês mais chulo

quarta-feira, agosto 23, 2006

Eu, heim!

"Sou popular, mas as pessoas não votam em mim. Uns porque sou supostamente maconheiro, outros porque sou supostamente veado, ou porque sou supostamente maconheiro e veado".

Itamar Franco - Dep. Federal, PV-MG, em entrevista à revista Imprensa.

terça-feira, agosto 22, 2006

Tenho pensado seriamente em anular alguns votos, embora saiba que isso não vai adiantar muita coisa. Mas o simples fato de saber que meu votinho não vai engordar as estatísticas de políticos sem vergonha, sem caráter e sem mais um monte de coisas, já é pra mim um motivo razoável. No entanto, ao mesmo tempo em que penso nisso, me vem logo à cabeça o que parece ser a teoria do caos: o 50% + 1. Imagino o dia da apuração dos votos um político da pior espécie (me confundo com muitas opções, por isso não nomeio nenhum agora) ganhando por apenas um único voto! Aquele que poderia ser o meu, o decisivo, o empate! Aquele que poderia ter ido para o menos pior, meu Deus! Não!!... Por alguns instantes chego a hesitar, mas volto então a pensar com carinho no meu candidato número 00 ou 99, qualquer um que não exista.
O Sr. Nulo Nuladino.
Confirma!

quinta-feira, agosto 17, 2006

Quem não tem competência não se estabelece, diz o ditado

Ladrão dá “dica” para vítima após assalto
Rapaz avisou a mototaxista que pegaria ônibus na rodoviária às 23h; polícia prendeu em flagrante

Moisés de Oliveira foi preso na noite de terça-feira no Terminal Rodoviário de Londrina, depois de assaltar um mototaxista, levando celular, cartões de banco e R$ 20 em dinheiro. Durante a corrida, em um “minuto de bobeira”, o assaltante acabou informando ao mototaxista que pegaria um ônibus às 23h.
O mototaxista avisou a polícia, que fez o cerco na rodoviária e conseguiu prender Moisés em flagrante, após reconhecimento da vítima.


FONTE: Agência Londrix
don't postpone!

terça-feira, agosto 15, 2006

Mtb: agora eu também tenho!

sexta-feira, agosto 04, 2006

Idade de Glória Maria é revelada em notinha

Lendo a página da globo.com, descobri o que ela não quer contar nem que a vaca tussa e muito menos que a porca torça o rabo.
E tomara que a jornalista não fique sabendo da divulgação ou seu estado de saúde se agravaria. Estado de saúde? Acesse o link!

sexta-feira, julho 28, 2006

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No ônibus, acontecem muitas coisas engraçadas. Às vezes, coisas engraçadinhas, como a que eu vi dia desses:

- Bann-co prre-fe-renn-ci-al pa-ra de-fi-ci-enn-tess fi-si-coss - leu atentamente o menininho ruivinho de uns cinco anos de idade, continuando com a seguinte questão:
-Mas mamãe, nós não somos físicos!!

Coisinha mais linda!
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quarta-feira, julho 26, 2006

Estou tomando um antibiótico. Comecei ontem. Mas ao invés de o medicamento apenas me aliviar a "mardita" sinusite, pareec que me trouxe também um pouco de ânimo e força na bicuda pra "chutar o balde" e "o pau da barraca" e "deixar o pau cair a folha". Não adianta ficar se matando por pouco. O antibiótico me deu a nitidez para enxergar que o óculos não tinha dado. Diminuiu minha paciência a um nível aceitável e recomendável. Paciência demais também é ruim. E minha sessão de chutes e bicudas começa hoje. No que isso vai dar, se é que vai, depois escrevo.

terça-feira, julho 25, 2006

Clima

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Tempo quente e seco prolongado durante o
inverno é chamado de veranico.

Esse de agora está mais para um veranicuzão!
...
Sinusite, dor de dente, garganta seca,
dor nos olhos, antibiótico e papel higiênico.
...
Nariz assado, quilos de verde,
greve de São Pedro e dor nas costas.
...
Acho que estou precisando me benzer.
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sexta-feira, julho 21, 2006

Muito legal esse jornal:
Jornal Correio Online

quarta-feira, julho 19, 2006


Eu sei que não é de muito de bom tom colocar uma foto feia dessas num blog, mas o assunto hoje é SAÚDE. Ontem pela manhã, por volta das 10h00, meu pai começou a sentir seu braço direito formigar. Em seguida os movimentos começaram a ficar comprometidos e uma intensa dor tomou conta do membro. Imediatamente, ele foi levado ao hospital, gritando, sem conseguir sentir o próprio braço, mas ao mesmo tempo com uma dor extremamente forte. Ele a descreveu como se um caminhão tivesse passado por cima. O braço ficou branco, gelado e seus dedos começaram a ficar roxos. Colheram sangue para uma série de exames. 12h20, foi encaminhado para um cateterismo que detectou qual ponto estava comprometido. 13h30, foi para o centro cirúrgico para retirar um acúmulo de gordura que impedia a a passagem de sangue para irrigar seu braço direito. O que ele teve foi uma embolia vascular. Por sorte, foi encaminhado a tempo para o socorro.
A foto é da pelota de gordura que estava impedindo a passagem do sangue. A tampa da caneta serve para se ter uma idéia do tamanho. Essa gordura nos foi trazida pelo médico, assim que acabou a cirurgia, para que víssemos o que os maus hábitos alimentares e a falta de cuidado com a saúde causaram a ele. Agora, vai ficar internado por alguns dias.
Se estivesse sozinho, talvez não chegasse ao hospital a tempo, pois a dor não o deixaria dirigir. Se demorasse mais tempo para ser atendido, seu braço começaria a necrosar por falta de irrigação sanguínea e poderia ter parte dele amputada. Não sabemos se seu braço vai voltar a funcionar normalmente ou quanto tempo isso vai levar para acontecer. Possivelmente, deve enfrentar sessões de fisioterapia para recuperar os movimentos. Nos resta esperar. O fato é que esse problema não acontece com quem cuida da saúde e do corpo. E não importa a idade. Comer muita gordura, fumar, tomar álcool, não fazer exercícios, provoca acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos. Mas isso todo mundo já sabe, só que acha que nunca vai acontecer. Quando acontece...


Fica o alerta.
Agora, só mais uma olhada na foto
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terça-feira, julho 11, 2006

Pernas, pra que te quero

Um pé, outro pé.
A pé.
Greve dos motoristas e cobradores de ônibus de Londrina.
Impossibilidade de faltar ao trabalho.
Porção de coisas pra fazer.
40 minutos de caminhada.
Carros para lá e para cá.
Pedestres alvoroçados.
Mototaxistas desesperados por mais uma corrida com preço superfaturado.
Pernas, desacostumadas, formigando.
Atraso.
Terça-feira.

É, desta vez, não deu...

Fracassei. Minha empreitada rumo à liberdade novelística fracassou. Apesar de eu ter diminuído consideravelmente minhas horas frente às novelas, lido mais resumos do que assistido aos capítulos, acompanhado as capas de revistas expostas nas bancas semanalmente, não resisti às duas últimas semanas da Belíssima. Tá certo, eu sei, é aquele negócio todo de "esta é a última vez, prometo que não faço mais". Mas o fato é que eu fracassei. E o pior de tudo foi que o último capítulo da novela nem foi lá aquelas coisas. Longo, previsível e morno. Além de a Bia Falcão não ter se dado mal no final. Dava pra ir tranquilamente ao banheiro durante a novela que não se perdia grande coisa. Mas o pior de tudo parte dois foi ter assistido ao primeiro capítulo de Páginas da Vida, do Maneco. Fatal. Agora tenho que reunir forças maiores ainda para tentar não sucumbir a mais essa. Vai ser difícil e vou ser franca, não sei se vou conseguir. Na verdade, vou ser mais franca ainda, não vou conseguir!
Não adianta. Meu negócio é este mesmo. Quem sabe algum dia eu não consiga emprego em alguma revista especializada...

terça-feira, julho 04, 2006

O Brasil perdeu, pois é...

Só fico com pena dos que compraram estoques e mais estoques de bandeiras, camisetas, cornetas e línguas-de-sogra verdes e amarelas...

pois é...

segunda-feira, julho 03, 2006

Hahahahaha...

...boa dica do vaca

terça-feira, junho 27, 2006

E se meu nome for um palavrão? Mais, se meu nome e sobrenome formassem uma ofensa das mais inaceitáveis em algum idioma por esse mundo afora? Penso nisso toda vez que vejo o nome de um jogador estrangeiro, de uma cidade no meio de um vale ou de alguma montanha. E se eu chegasse a algum lugar desses e me apresentasse "Oi, sou Luana" recebendo na seqüência imediata uma pedrada certeira no meio da testa? E se ao pedir desculpas "Péraí, foi mal!" fosse novamente mal interpretada por alguém que se sentiu ofendido e que entendeu "poèr'aî fômá u", frase que macula enormemente a imagem de sua mãe querida? Muita coincidência? Não sei. Quem sabe meu nome possa significar também um pedido indecente ou simplesmente um cumprimento inocente. A senha para entrar em um lugar proibido e secreto ou o nome de uma comida estranha. O nome de uma estrela, de um ritual tribal, de uma doença boba, a raça de um animal. Quem sabe? Mas que não é difícil, ah, isso não é mesmo. E que eu não precise chegar lá pra saber.

terça-feira, junho 20, 2006

Revirando meus textos antigos, percebi que tenho uma certa tendência em matar meus personagens.
Preciso providenciar finais mais felizes.

segunda-feira, junho 19, 2006

Burra, nada mais.

Da série Revirando o PC...*

Porta entreaberta. Ah, mundo novo! Sobe, desce, voa, gira, piruetas. Ana!? Aqui! Que atração irresistível causam as lâmpadas sobre os insetos, sobretudo aquelas de mercúrio, compridas e brancas. Gabriel? Gabriel? Jonas? Eu! Essa luz deve equivaler a Deus; pode existir então um conflito de identidade? Os insetos não ficam o tempo todo perto de Deus! Acho que não, talvez a luz seja meramente hipnótica e nada mais. Que belo corredor, desce, quase aterra e sobe novamente. Pernas, ombros, cabeças, teto. O toc toc do giz sobre o quadro. Vinícius? Tô aqui! Uma, duas, cinco voltas completas. Energia à tona. Calor ali. Onde está mesmo a porta? Ah, árvores, como não pensou nisso antes. Força total, mil quilômetros por hora. Pá! Os insetos costumam ser burros e míopes. Eles tentariam atravessar uma pintura para chegar à paisagem, o que dizer de um simples vidro? Sobe novamente, desta vez para alcançar a luz mais alta, mais bonita, faiscante, cintilante como uma estrela. Agora, mais forte ainda. Está quase chegando, mais perto, mais perto.... é o fim. A falta de cérebro entre esses seres se confirma nessa triste atitude. Agora caem os restos mortais da mariposa burra, que confundiu ar com vidro, lâmpada com Deus e ventilador de teto com estrela.

*Ela surge quando a imaginação vai lá e já volta.

sexta-feira, junho 16, 2006

Uma semana com três segundas-feiras
e dois domingos e meio.
Isso cansa!

segunda,
1/2 terça e 1/2 domingo,
segunda,
domingo,
segunda,
sábado e
domingo.
Eis os sete dias.

quinta-feira, junho 15, 2006



Depois de dias com soja pra lá e soja pra cá, fui testemunha de um casamento que, mesmo um tanto rápido, já estava demorando pra acontecer. Minha prima-irmã e meu amigo-primo-irmão agora são meus prima-irmã-afilhada e amigo-primo-irmão-cunhado-afilhado. Coisa linda de se ver, faz bem pro coração. Um amor forte e veloz como a explosão de um vulcão.
Minha assinatura agora está lá, no cartório de registros. Na hora H, a emoção é tão singular que nem parece que acontece o que está acontecendo. Parece festa, filme. Os olhos lacrimejam, mas a lágrima não escapa. É alegria e emoção. Desespero para tirar fotos da troca de aliança, da expressão no rosto hipnotizado de cada um dos dois. É emoção de rabiscar meu nominho nessa história tão bonita. Meu primeiro casamento. Não o meu, mas um em que eu participo. Tenho certeza de que comecei muito bem.

segunda-feira, junho 05, 2006

Existe e não é meu. Mas é uma gracinha!

www.luana.com.br

quinta-feira, junho 01, 2006

Meta

Layout novo, dia novo, meta nova. Decidi que devo aproveitar melhor algumas horas do meu dia, seguindo o conselho que me foi dado ontem. Para tanto, precisarei sacrificar um hábito que me acompanha há anos. Assistir novelas. Sim, admito, sou uma consumidora compulsiva, embora um pouco menos nos últimos tempos. Esse gosto virou até objeto de estudo em um trabalho da faculdade, e olha que até estudando à noite consegui acompanhar. Mas, daqui pra frente, só sinopse na internet, revista de fofoca e propaganda durante a programação. No começo, vai ser difícil, eu sei, mas a novela das oito já está acabando, a das seis não assisto direito e no horário das sete fico “zapeando” entre um canal e outro. Novelas simultâneas. Mesmo com uma do Maneco despontando pela frente, tentarei me manter firme e seguir minha meta. Nos horários, agora, livres, quem sabe um pouco de cultura e exercício mental. Um curso de espanhol a distância e um bom livro. Meditação, Yoga de revista, trabalhos manuais, novos sites e contatos. Atividades que, de preferência, não incomodem meu bolso furado. Vou tentar. Eu juro.

quarta-feira, maio 31, 2006

Questão crucial da humanidade é desvendada

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Ovo nasceu antes que a galinha, afirma cientista britânico

O professor John Brookfield, especialista em genética da evolução da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, acredita ter resolvido, de uma vez por todas, um dos mais antigos e populares enigmas da humanidade: quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Um filósofo e um avicultor britânicos também concordam com Brookfield. Para eles, a resposta unânime é de que o ovo veio na frente, informa nesta sexta-feira o jornal The Times.

Em resumo, o argumento é de que o material genético não se transforma durante a vida do animal. Portanto, a primeira ave que no decorrer da evolução se tornou o que hoje chamamos de galinha existiu primeiro como embrião no interior de um ovo.

Para Brookfield, a situação é clara. O organismo vivo no interior do ovo tinha o mesmo DNA que o animal no qual ele se transformaria. Assim, "a primeira coisa viva que podemos qualificar sem medo de engano como membro dessa espécie é o primeiro ovo", argumenta.

David Papineau, um especialista em filosofia da ciência do Kings College de Londres, concorda. O primeiro frango saiu de um ovo. É um erro, segundo ele, pensar que o primeiro ovo de galinha foi um mutante produzido por pais de outra espécie.

"Se dentro do ovo existe um frango, então é um ovo de galinha. Se um canguru pusesse um ovo, e dele saísse um avestruz, o ovo seria de avestruz e não de canguru", disse Papineau.
O jornal cita ainda Charles Bourns, granjeiro e presidente de uma entidade do setor avícola, que quis contribuir para o debate. "Os ovos existiam antes de nascer o primeiro pintinho. Claro que talvez não se parecessem com os de hoje", disse.
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Saiu no Estadão

Às vezes a gente precisa de algumas delas pra mostrar que tá tudo bem.
Às vezes nenhuma.
E a vida segue.

sábado, maio 27, 2006

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E eu com medo da dor do aparelho...
(saiu no Popular)

Dentista quebra dentes de paciente após discussão

Um dentista israelense quebrou, a golpes de martelo, os dentes de um paciente com quem discutiu em seu consultório, informou a polícia local, nesta terça-feira.
A vítima foi ao consultório do dentista, cuja identidade não foi revelada, para pedir as radiografias do filho de um amigo. O dentista se negou a dar os exames e os dois começaram a brigar.

Irritado, o odontólogo pegou um martelo e começou a quebrar os dentes do outro israelense.

sábado, maio 20, 2006

Status: apagando scraps.
Velocidade: 52Kbps
Tempo previsto: três encarnações.

sexta-feira, maio 19, 2006

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Muito além das falanges


- Eu não acredito no que meus olhos estão vendo! - o tempo que o rosto levou para ficar vermelho foi o mesmo que o cérebro precisou para processar a informação e transformá-la em palavras.
- O que aconteceu, papai, senhor meu pai?
- Mas que pouca vergonha! Como se atrevem, bem debaixo do meu nariz! Minha filha! Como pôde!
- Papai, não entendo, o que está acontecendo?
- Margarete, venha cá, veja o que está acontecendo no sofá da nossa sala! Oh, meu Deus, como isso pôde acontecer!
- O que houve, meu marido!
- Nossa filha e esse rapaz!
- Sim, ele é pretendente de nossa menina!
- Pretendente? Pretendente e atrevido! Pois saiba que flagrei os dois sentados lado a lado e, nem sei como dizer, encostando seus dedinhos mindinhos um no do outro!
- Minha filha? Isso aconteceu mesmo?
- Papai, meu pai, não acredito! Nós apenas encostamos os dedos mindinhos, o Roberval nem ao menos pegou na minha mão!
- Mas era só o que me faltava! Aí já é demais! Meu Deus do céu, minha Nossa Senhora Aparecida! Onde este mundo vai parar! - Dizia dando voltas ao redor da mesinha de centro.
- Papai, por favor, já estamos em 1940!
- E isso é motivo para ficarem com essa pouca vergonha aqui na sala?
- Mas...
- Não pode ser, ainda não acredito no que meus olhos viram! Os mindinhos se encostando, se entrelaçando. O dedinho mindinho da minha filha, ela que criamos com tanto cuidado, se enroscando do dedo peludo desse rapagão! Os dedos ali, se enroscando como duas minhocas, um macho e uma fêmea, dois seres se acasalan... Não! Já chega! Estou decidido!
- O que vai fazer papai? O que pretende?
- O que quer fazer meu marido?
- O que o senhor vai fazer, senhor?
- Fique quieto você, rapaz! Ai, meu pai, esse homem perverteu minha filha, tão inocente que era e a pego enroscando o dedo mindinho no dedinho desse um aí! Mas isso não fica assim, não, vai ter que casar!
- Casar?????
- Casar????
- Casar????
- Isso, está decidido, amanhã mesmo vou providenciar os proclames. Ana Lúcia, minha filha, você agora é noiva do... do...
- Roberval, senhor, me chamo Roberval.
- Fique quieto, já disse!
- Mas, senhor, não aconteceu nada!
- Ah, não me venha com desculpas! Depois de ter desonrado minha filha, agora quer escapar à responsabilidade!
- Mas, senhor...
- Nada de mas, está decidido. Vocês vão se casar o mais rápido possível, não posso admitir filha minha entrando na igreja de barriga.
- Papai, mas não aconteceu nada!
- Não aconteceu nada? Hã? Pensa que eu não vi? Os mindinhos, minha filha, os mindinhos! Que pouca vergonha, que decepção!
- Meu marido, não está sendo precipitado?
- Quietos os três. Você, Ana Lúcia, vá para o seu quarto e troque de roupa, coloque algo mais adequado. Você, minha esposa, quero que vá até nosso quarto e traga o anel que foi de sua mãe, esse rapaz há de assumir o compromisso hoje mesmo.
- Senhor, eu ainda sou muito novo!
- Agora é tarde. O estrago já está feito. Fique aí e espere.
Passados alguns minutos, a menina, em prantos, retorna à sala.
- Venha, filha, fique do lado do seu futuro marido. Rapaz, pegue o anel e repita tudo o que eu disser! Diga: Ana Lúcia, quero que aceite este anel...
- A-A-Ana Lúcia, que-quero que açaçaceite este anel...
- Como prova de meu amor...
- Como pe-pra-prova de meu amo-mor...
- Para ficarmos juntos para o resto de nossas vidas, ou você para de gaguejar ou vai levar chumbo. Margarete, alcance minha espigarda!
- Ai, ai, ai..
- Vamos, repita!
- Para ficarmos junto-tos para o resto de nossas vi-vidas...
- Vá, enfie o anel no dedo dela, no anelar, prete atenção, no anelar...
- Sim, senhor...
- Pronto! Agora você já está noiva minha filha! Consegui consertar tudo! Amanhã mesmo vou marcar a data na igreja. Graças a Deus, ontem, pura, agora há pouco, desonrada, mas, graças a mim, o estrago foi arrumado.
Depois de sete segundos, os mais longos de sua vida, o rapaz desmaiou. E não acordou mais. Roberval, que tinha sérios problemas cardíacos, herança da família do pai, não suportou a emoção tamanha e desabou no tapete azul floral da sala. Acabara ali o noivado mais rápido de que se tivera notícia restando apenas Ana Lúcia, menina sardenta dos olhos verdes e cabelos cor de mel, mãe do mindinho e víúva do marido que foi, sem nunca ter sido.


quinta-feira, maio 18, 2006

Dia desses, na Souza Naves:

"Ô, moça, moçaaaaa, vem qui!"
E ela atravessou a rua sem mover a cabeça para o lado.

"Ô moça, vem qui, moça, ô moooça", disse o mesmo rapaz de aparência estranha vindo em minha direção.
Passei reto. Também sem mover a cabeça para qualquer lado. Nem para trás, mesmo depois de uma distância segura.


Nessas horas, ainda mais nos dias de hoje, admito que a solidariedade fica meio de lado.

terça-feira, maio 16, 2006

"A ordem agora é morrer nas próprias casas. Uma das frases que mais me marcaram nas últimas semanas foi justamente a frase dita por Sara Joanna Gould, uma americaninha de 21 anos que tá fazendo intercâmbio no Brasil. Ela falou pra Revista da Folha: "O que me surpreende não é a pobreza, comum na América Latina, mas sim a riqueza, o número de milionários em um país como o Brasil".Sacaram? Vocês que agora estão escondidos em suas casas, com medo de saírem às ruas pra tomar uma inocente cerveja ou pra ir a um cinema depois de um dia cansativo de trampo e pavor? Vocês sacaram que isso que vocês estão passando nesse momento é rotina nas favelas cariocas? O toque de recolher, o abaixar as portas, o rezar baixinho pra que ninguém ouça. Às vezes tão baixinho que nem Deus ouve."

Achei muito pertinente o texto de Mário Bortolotto. O restante dele está neste link, só que tem que procurar um pouco pra baixo. Pra quem tem senha da uol, entre neste, que entra direto.

sábado, maio 13, 2006

sexta-feira, maio 12, 2006

E teve início ontem o meu martírio dental. Agora estou com quatro pequenas borrachas azuis entre meus molares. A sensação de ter um pedaço de carne no meio dos dentes 24 horas por dia é agoniante. Dá uma vontade doida de passar o fio dental. Só que se passar o fio, a borachinha sai. Se ela sair, o dente junta de novo. Se juntar, tem que colocar a borrachinha. Se não juntar, não tem como colocar a tal da banda. Aliás, semana que vem começa o martírio dental parte 2. Não faço a mínima idéia de como o dentista vai colocar aquele troço metálico nos meus dentes. Também devo pôr os quadradinhos com nome estranho e possivelmente o fio. Daí em diante, uma longa espera de um ano e meio e beiço gigante até acertar tudo aqui dentro da minha boca. O dentista não acha tão longa assim, também tenho vários amigos que ficaram de aparelho mais de dois anos, três, quatro, vários. Pra mim, um ano e meio é muita coisa sim. Mas acho que passa rápido. Contraditório.
Sexta-feira, de novo?
Mas ontem estava com uma cara de sexta...

quarta-feira, maio 10, 2006

De repente, uma insegurança. Daquelas de fazer tremerem as pernas e titubearem os dedos ao digitar. Um sentimento de vida estagnada. As coisas perdendo o movimento. Ando de ônibus pra lá e pra cá, mas tudo permanece o mesmo. As mesmas contas. As mesmas filas de banco. A mesma grana curta. De repente, uma canseira dessa minha vidinha medíocre. Uma estafa incontrolável ao olhar ao meu redor: a rotina massacrante e o tempo imperdoável. Aliada a essa insegurança, uma vontade de fazer não sei o quê. Daí eu fuço a internet buscando alguma coisa, em vão. Tem alguma coisa enroscada na minha garganta que custa a sair. Um adesivo superpotente na sola dos meus pés que não me deixa movimentar as pernas, por mais que eu queira e tente. O coração aflito confundido com minha azia momentânea. Ou minha gastrite, refluxo, seja lá que porcaria esteja incomodando meu estômago. E esse tremor que não passa, a garganta que não desintala, a vida que não anda, a estátua que não se mexe, a rotina que não me abandona.
Vontade de sumir, fugir, mudar de corpo e de identidade pra ver se adianta alguma coisa. Queria estar em não sei onde fazendo não sei o quê, mas que, com certeza, me traria menos angústia do que a que eu estou sentindo agora. Sinto o restante do mundo viajar tranquilamente a 500 km/h enquanto eu ando de fusquinha. Talvez tudo isso seja fruto do meu excesso de ponderação e da minha descrença de sobra de que alguma coisa boa possa acontecer, de que a sorte possa mudar. Já me disseram que esse meu pessimismo não me leva a nada. Eu mesma já me disse isto. Só me resta acreditar e pegar carona nesse trem maluco e desvairado da vida.
Ontem fez frio, hoje também. Semana passada, dentro do shopping, dentro do cinema. Tudo igual. O mesmo tempero, as mesmas cores. O mesmo motorista dizendo o bom dia sorridente de sempre. Saio todo dia as 7:28 pra não perder o ônibus que passa 7:31. E ligo o computador as 8:02. Sai de perto de mim relógio! Quero ignorar as horas, fazer um tempo diferente, um minuto mais comprido e outro mais curto, mas o tic-tac é impiedoso.
Penso na trilha alheia e no motor alheio. Falta óleo no meu e me falta arrancar o mato alto que se fez na minha, por minha permissão. Vem logo, D. Vida, me dê um soco nas costas e uma rasteira certeira. Me tira desse tremor e corta minhas raízes. Eu quero o bilhete brilhante pra ingressar nesse trem. E me vê uma pastilha mágica pra ver se alivia essa garganta rouca.

segunda-feira, maio 08, 2006

Anjo e querosene

É. Foi assim meu final de semana (considerando também a sexta-feira como parte dele). Quem disser que anjo não existe, é porque não conheceu o sr. José. E quem não sabia que querosene mata cupim, ficou sabendo agora!
Bom. Sexta-feira. Banco HSBC. Senha nº 463. No relógio, 15:35. No letreiro, senha 365. 100 pessoas na minha frente. Após alguns segundos de letargia, sou interrompida pelo leve cutucão de um senhor. "Que você veio fazer?". "Ah, eu vim só descontar um cheque, mas dá uma olhada na minha senha!". "Eu também vim, quer ir comigo, minha senha é 359, só faltam seis!". "Sério? Posso ir com você mesmo?". "Claro, ainda tem um monte de gente na sua frente, você vai sair daqui umas cinco horas!". "Nossa, muito obrigada! Mal posso acreditar!".
E fomos. Chegando no caixa ele disse: "Espera pra sair comigo, senão esse povo vai dar uma chinelada na gente!". O nome dele é José. Deve ter uns 60 e poucos anos. Acredito que boa parte deles dedicada a fazer gentilezas às pessoas, como a que ele fez comigo. Ele tem os olhos azuis, como os anjos renascentistas. Tem a pele do rosto vermelha e os cabelos brancos. E é um anjo. Pois não é todo dia que a gente é surpreendida com boas ações absolutamente gratuitas, como eu fui.
Agora, quem está longe de ser angelical, são os cupins. E o que era para ser um domingo tranquilo, foi um dia de mão na massa, com cheiro de querosene. São necessários poucos dias para que eles se proliferem como coelhos no cio. Quando conseguimos identificar um pedacinho do caminho feito por esses monstrinhos, já é tarde. São metros e mais metros de caminho de terra, pequenos túneis, escondidos atrás de prateleiras e armários. Os bichos estavam gordos e brilhantes. Afinal, comeram livros e caixas muito suculentas e nutritivas. Enchemos um saco de aspirador de pó com a sujeira dos cupins e gastamos uns dois litros de querosene. Ninguém se atreva a acender um palito de fósforo naquele quarto ou tudo explodirá pelos ares. Depois de cinco horas de leva e traz de caixas, reciclagem de papéis guardados e de adeus a alguns livros, o quartinho se viu livre da praga. Pelo menos por enquanto.
Pelo menos, o cheiro de querosene é gostoso.

sexta-feira, abril 28, 2006

Tá, tá, tá certo que eu só tenho publicado notícias bizarras ultimamente, prometo que vou postar outras coisas, mas depois que eu vi essa aqui, não pude resistir. Saiu na coluna do Cláudio Humberto, na Folha de Londrina

"Salão de beleza - O Senado abriu licitação (Pregão nº 67/2006) que objetiva adquirir cadeiras para corte e lavagem dos cabelos de suas excelências"

Isso sim é bizarro. E como...

quinta-feira, abril 27, 2006

quarta-feira, abril 26, 2006

Notícia bizzara do dia:
Menino de 8 anos rouba carro e foge da escola

Eita molecada precoce...

terça-feira, abril 25, 2006

Diário de uma usuária de telefonia móvel celular
Cujo nome da operadora, é Claro, que não vou dizer...

Minha mão está até doendo. Do mindinho ao cotovelo, ou "tucuvelo", como diria meu sobrinho varão mais velho. Foram necessárias três páginas de letra bem miúda para descrever como foram os meus últimos dois meses com esta tal operadora. Vamos chamá-la de "off course". Essa descrição vai servir para o processo que estou abrindo no Juizado de Pequenas Causas que deve ser protocolado hoje. Depois do Procon, é ele que vem. E olha que o Procon já deve ter se cansado da minha figura pelos seus corredores.
Esses problemas celularísticos têm me consumido o pensamento e preciosas horas úteis do meu dia, tanto que nem deu tempo de escrever mais nada por aqui. E a combinação Feriado + Casa Sem Internet ajudou um pouco.

Enfim.
Dois meses no escuro. Sem sinal nenhum, literalmente. Depois vem um atendente tão cínico que me fez ruminar a raiva feito uma vaca por três dias, dizendo que meu problema era um, quando descobri que era outro, muito simples, por sinal. "Não será possível, senhora", "Nossos serviços funcionam perfeitamente, senhora". Um bando de incompetentes. Alguns simpáticos, mas que também não conseguem resolver problemas, mesmo com toda boa vontade.
Bom, querido diário, por hoje é só. Depois te conto no que deu o novo protocolo que abri sobre aquele telefone de não sei onde (ou melhor, sei sim, do Rio de Janeiro, cidade que não tem ninguém que eu conheça, a não ser os artistas de novela) que apareceu, como quem não quer nada, na minha fatura. Essa "off course", vou te contar...

*

quarta-feira, abril 19, 2006

Em breve...

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"Diário de uma usuária de telefonia móvel celular"
Cujo nome da operadora, é Claro, que não vou dizer...

Aguardem!

domingo, abril 16, 2006

Dimension 2 em 1

A cabeça da gente é um negócio estranho. Tem umas coisas que ninguém entende, muito menos a gente, que é dono dela. Parece que tem duas pessoas na mesma cachola. Eu e o eu que não sou eu. Nessas horas eu me lembro das aulas de filosofia no colegial em que aprendíamos sobre o id e o ego e todas aquelas coisas.
Muitas vezes a cabeça que não é a gente toma partido da situação e, rapidinho, lá estamos nós fazendo tudo o que ela quer. É fácil pra essa outra cabeça estimular ou não, levar adiante ou travar tudo. E quando estamos quase retomando as rédeas, ela reaparece como uma criança birrenta repetindo insistentemente como quer que as coisas aconteçam. É uma dura competição. Eu vou! Não vai, não. Vou sim! Não vai, não! Eu posso! Não pode! Eu quero! Ah, vai ficar querendo... A batalha é diária. Ela lembra dos detalhes que você quer esquecer. Ela mina seus planos. Aniquila os anseios. Trava suas pernas. Engasga sua voz. Sempre nas horas mais inoportunas. Sempre.
É ela quem fica buzinando no seu ouvido nas entrevistas de emprego. Ela que segura suas palavras ensaiadas dentro da boca. Ela que sempre está presente nas besteiras que você diz quando não pode.
Mas, ao mesmo tempo, é capaz de nos botar um gole de ânimo na boca. O anjinho e o capetinha personificados em um só ser. O desafio é fazê-la acordar de bom humor na maioria dos dias. Essa outra cabeça também fala o que sua mãe sempre diz. Tem o mesmo discurso. E te faz respirar fundo num dia bonito de céu azul com a certeza de que o dia vai ser bom. O que às vezes dá certo.
E é na esperança de que esse eu que não sou eu, mas que está dentro de mim, acorde de bom humor é que a gente vai levando os dias, colocando o pé direito no chão primeiro que é pra ajudar a sorte a se manifestar. Dia após dia.
Estranho.

sábado, abril 15, 2006











E depois ainda dizem que gato não tem coração...
Lindo, maravilhoso! Linda, maravilhosa! Nem sei quais adjetivos usar. Passei meu aniversário acompanhada de família, amiga, estrogonofe, chocolate e Elis Regina, com o DVD que ganhei do meu love, o Fer (você não poderia ter escolhido melhor presente!). A surpresa ele teve que estragar previamente, para não correr o risco de eu comprar também, assim que meu salário chegasse. Poucas vezes tive a chance de ver a Elis cantando colorida. Apenas em alguns especiais e matérias que sempre passam em janeiro. A apresentação é em uma espécie de circo. Ela fica num picadeiro e chega como se estivesse se equilibrando em uma corda bamba. Linda. Todas as músicas são emocionantes. Seus graves e agudos perfeitos, a expressão facial e corporal, é tudo lindo, até as roupas cafonas e o cabelão! (culpa dos anos 80). Uma das músicas que mais me emocionou e que já me emocionava apenas ao ouví-la no CD, é Aos Nossos Filhos, de Ivan Lins e Vitor Martins. Eu sempre tive vontade de ver essa apresentação e também já imaginei algumas pessoas dizendo o que a música diz. Também poderia falar de Quereleas do Brasil, Cadeira Vazia, O que foi feito devera, Atrás da porta... mas não sei se saberia explicar direito o que foi vê-la interpretando essas canções. O coração quase arrebenta!
Podem falar que ela é briguenta, pimenta e todos os outros enta, mas a verdade é uma só: ela é insuperável, magnânima, eterna, linda e maravilhosa!
E não me venha com chorumelas!

sexta-feira, abril 14, 2006

DECISÃO

Faca na mão,

Sabão na faca,
Faca no ar,
Faca no pé.

Ai, melhor não.

Então,
Faca na mão,
Sabão na faca,
Faca no ar,
Faca na mão,
Sangue no dedo,
E band-aid.

Porque se faca no fio,
Faca no ar,
E faca no pé,
Dá corte no pé,
Hemorragia no pé,
Lesão no tendão,
Necrose no pé,
Remédio no pé,
Gesso no pé,
Pé mancando,
Pisada torta,
E coluna lesionada.

Poeminha escroto fruto de um segundo de pensamento, dias atrás, para decidir se a "peixeira" que caiu da minha mão quando lavava louça causaria menos danos se fosse pega no ar ou se caísse no meu pé. Acabei pegando.

quarta-feira, abril 12, 2006

...Curtas...

***

Tenho tido saudade de ter um gato (que minha rinite não saiba disso). E ela tem apertado um bocado mais depois de ver algumas pessoas falando desse lindo animalzinho e de abrir algumas fotos do meu último felino, o Jimmy.

***

Ganhei um post de divulgação! Aproveito pra divulgar o blog do meu amigo também! O Pastim já faz parte da minha via-sacra diária na internet, sempre de olho nas novas atualizações! O cara, que atende pelo nome de Tiago Buckowsky, é escritor, gente fina e tranqueira (o que pra mim é um elogio).

***

Minha amiga comparsa acabou de criar um blog. Hoje mesmo, junto com meu aniversário. Jornalogia é indicado para os jornalistas de plantão. Mais um que já entrou pra minha listinha de visitas! Tá ali do lado, nos meus links.

***

22

São 17:58.
Daqui 17 minutos, completo, enfim, meu vigésimo segundo ano de vida.
Mais de um quinto de século.
Dois patinhos na lagoa.

hoje de manhã quando acordei
olhei pra vida e me espantei
eu tenho mais de vinte anos
eu tenho mais de mil perguntas
sem respostas
estou ligada num futuro blue

domingo, abril 09, 2006

O sabagante

Queria uma palavra diferente. Se possível, uma nova, que não conhecesse antes. Parti então para o Houaiss. E para me acompanhar nessa difícil missão, minha mãe. Mães não se negam a fazer programinhas bobos com os filhos. A minha não seria diferente.

Eu e minha amiga já pensamos uma vez em fazer algo do tipo com uma professora do Ensino Médio adepta do uso de palavras pouco conhecidas, mas o projeto acabou não saindo do papel. Aliás, nem chegou ao papel. Queríamos escrever uma carta do tipo indecifrável.

Mãe, vou abrir o Houaiss. Vou fazer um movimento circular com meu dedo, tipo brincadeira do copo. Vou abrir várias vezes. Quando você mandar parar, eu paro, ok?
Ok. Pára!
Calma, ainda não girei! Agora vai, pode falar.
Pára!!
"ampere". É negócio de física... não, nada a ver, vamos outro. Pode ir.
Pára!
"bispo cardeal". Não. Podre. Vai.
Ahan.
Fala pára, mãe!
Tá, pára!
"catetão: variedade de arroz". Ô loco, imagina, o que você comeu hoje no almoço? Catetão! Não. É podre, também. Parece cafetão. Vai.
Pára.
"epitelioma: tumor derivado do epitélio". Ai, credo, esse não! Vai, mãe.
Pára.
"inflexível". Não, seria de mal gosto um blog com esse nome. Vou de novo, vai, mãe!
Ai, pára!
"mari-gordo"! Que isso? Nem vou ler. Outra.
Pára, Luana.
"percevejo d'água". Bonitinho, mas, podrinho. Vai.
Hum.
Mãe...
Hum, pára, filha.
sabagante: ser humano; pessoa, indivíduo.SIN/VAR sabaquante. É, legal, gostei. Eu sou um sabagante. Mas vamos de novo. Vai que tem uma melhor. Vai, mãe!
Mãe?
Pára!
"vedá - relativo ao povo nativo do Sri Lanka (antigo Ceilão), ou indivíduo desse povo". Ah, já deu, vai ser sabagante mesmo.
Que é sabagante mesmo, filha?
Pessoa, indivíduo.
Pra que é vai ser isso mesmo, filha?
Pro blog, mãe. Pro nome.
Blog?
É. Ah, depois te mostro. Brigada mãe!
De nada, filhinha.

sexta-feira, abril 07, 2006

...

Quando tinha idéias, não tinha blog.
Agora que tenho, as idéias somem.

Aiaiai...

...

quarta-feira, abril 05, 2006

Elixir da tranquilidade momentânea

Quero, mas não sei se vai dar pé. Quero muitas coisas ao mesmo tempo, mas acabo não fazendo nada. Vejo um programa na tv e acho que me daria bem fazendo aquilo e aquele outro. Tenho vontade de fazer matéria, pintar alguma coisa, uma quadro, uma parede, montar um negócio, dublar um filme, uma propaganda da polishop. Vontade de fazer vinhetas, costurar uma roupa, desenhar um modelo, pesquisar uma planta, fazer drinks à noite num barzinho cult.

E quando todas essas vontades parecem surgir ao mesmo tempo, deixando minha cabeça confusa e atônita, poucas coisas me tranquilizam e concentram minha atenção. Como o brigadeiro (com ambiguidade e tudo).

Mas, não demora muito e as vontades surgem novamente. Uma sugestão de pauta para um jornal, diagramar uma revista, morar num apê, fazer um mural, fazer a mão, fazer um vídeo, pintar um quadro e tirar sobrancelha de todo mundo por aí que aparece com um pelinho fora do lugar. Comprar um computador, ler o dicionário, trabalhar num asilo, escrever um livro de memórias.

É preciso ordená-las, distribuir senhas para cada uma dessas vontades. Separar cada uma por importância, distância, relevância e ânsia. E para cada nova vontade que surgir, uma senha setorial pra resolver meu problema, como aquela dos correios, distinta para quem vai enviar um sedex ou apenas comprar um selo de um centavo. Vou colocar minhas vontades no Excel, no meu bloco de notas de papel recliclado. Vou dar um prazo de validade para cada uma e um chá de ânimo pras mais importantes.

"Por gentileza, selecione a opção e retire a sua senha"

segunda-feira, abril 03, 2006

Aqui dentro:
Ar condicionado e ponta dos dedos geladas e roxas.
Uma pilha de jornais.
E-mails.
Sugestão de pauta.
Pesquisa.

Lá fora:
Sol escaldante.
Fumaça de ônibus.
Catinga do Habib's.
Carona.
Vicente Rijo.

domingo, abril 02, 2006

Das antigas

Dia desses comprei duas revistas antigas. Realidade, que nem existe mais. Uma de 70 e outra de 71, época em que eu gostaria de ter estado lá para ser uma das amigas-mocinhas-baladeiras da minha mãe.
Adoro ler revistas antigas, daquelas de bem antes de eu nascer. Gosto principalmente pelas propagandas. Elas costumavam ter textos longos, como uma conversa com o consumidor(que mais parecia conversa mole).
Dessas duas revistas selecionei algumas pérolas que, embora pareçam, não eram sacanagem:

"Nas cuecas nando a virtude está no meio" - fazendo referência à costura longitudinal no meio da parte da frente da cueca, trêz vezes maior do que calcinhas de vovó.

"As pernas masculinas dão um passo a frente. Acabam de adquirir os mesmo direitos que as pernas femininas: já podem ser bonitas.
Com as novas calças Sudamtex, as pernas dos homens ficarão irresistíveis. Porque os tecidos Sudamtex têm cores emocionantes e padrões avançadíssimos.
Por isso, quem fôr homem, dê um passo à frente.
Com as novas calças de tecido Sudamtex.
Sudamtex - Moda em tecidos"
- a foto mostra dois rapazes com calças listadas de cóz alto, empunhando espadas de esgrima. Eu pergunto: o que tem a ver?

"Compre uma Variant e diga adeus aos seus emocionantes e saudáveis fins-de-semana em casa, fumando, bebendo e vendo TV" - tá bão.

"Muito temperamento. Arranca resoluto, desenvolve com firmeza. Preciso nas curvas, audacioso nas retas.
É assim o Chevrolet Opala De Luxo 71.
Repare su nôvo e arrojado estilo, sua bem definida personalidade. Veja a beleza da nova grade com faróis emoldurados, e a elegância do painel traseiro (...)"
- nervoso.
No dia da comparsa

Já faz um tempo que queria reativar esse blog. Principalmente pra praticar a escrita, que anda tão rala, ultimamente. E esse domingo de calor e brisa quase fresca traz uma querida coincidência: o aniversário da minha comparsa Ciça Maria. Amigas como ela não merecem apenas um scrap de parabenizações. O telefonema eu já dei e quase esqueci de dar os parabéns, principal motivo da ligação.

Ela e eu nunca brigamos. Nem nos dias de mais exaustivo e suado trabalho de TCC. Nosso recurso para essas horas era algum comentário bobo ou uma piada infâme, seguidos de longas gargalhadas.
Em cada fase da vida, ficam amigos que seguem pro resto dela, como a Ciça.
Valeu minha amiga cacheada, neurótica, ariana e mineirinha!